sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Novo Ano...


Vejo o tempo passar,
o brilho dos fogos ao céu,
a lua cintilante e linda
o sorriso das pessoas,
a energia contagiante,
o abraço vibrante,
o beijo enlouquecedor.

Chega o Ano novo,
começa tudo de novo,
mas diferente por favor.

Diferente no meu modo de ser,
no meu modo de ser feliz,
e que todos estejam juntos comigo,
num grande e perfeito sorriso.
 
E assim, ver-te chegar
como uma folha em branco
e meu lápis preto, negro,
a transcorrer em lindas palavras,
em adequadas linhas,
onde entrelinhas separam o tempo.

Vou continuar a ser feliz,
que escape do fim por um triz
que eu dure enquanto os olhos brilharem,
e sinta sempre a tua presença
a me abraçar para todo o sempre!

Feliz 2012!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Fazendo a minha história...

Eu nasci uma folha em branco. Não sabia de nada, não via quase nada e nem entendia muita coisa. As únicas e verdadeiras sensações que tinha, eram as de carinho daqueles que estavam ao meu redor.

Dalí por diante, e durante algum tempo, alguém sempre anotou as coisas que eu fazia, as palavras que dizia, meu gestos e momentos tristes ou de plena felicidade. Muitas fotos completavam o álbum da boa infância.

Os primeiros passos da vida foram dificeis, como tudo na vida é. Mas sempre contei com um apoio fraterno e amigável de tantas pessoas que gostavam e gostam de mim.
Quando crecendo fui, passei a montar minhas palavras. Na escola cheguei, e de novo, tudo era novo. Novos amigos, adultos que ensinavam coisas diferentes, e que aprendi a chamar de "Tia", "Pró", e tempos depois, de Professor.

Muitos fatos se passaram e marcaram grandiosos momentos, do período infanti, ultrapassando a adolescencia, varando a fase adulta.

Muitos fatos, não consegui registrar completamente. Outros tantos passaram que nem fizeram efeito. Milhares não saem da cabeça.

Tive alguns amores, outras paixões. Doces sabores, dolorosas desilusões. Mas tudo com efeito de aprendizado, pra ter cuidado, num futuro não tão distante. Onde a violência cresce por amor, onde a cumplicidade desce, sem amor.

Percebi que alguns e bons amigos ficaram. Os outros se desvincularam parcialmente ou totalmente. Mas que também foram importantes para esse crescimento como ser humano.
Hoje, refletindo e relembrando toda a minha história, vejo que não é diferente a tua.

Todos nós passamos por muitas sensações semelhantes, que somos muito parecidos em alguma coisa. A diferença pode estar na condição de que, eu talvez, ainda na pequenez do meu ser, viva na busca de ser alguém melhor e um dia, quem sabe, poder acertar. Enquanto isso vou vivendo, errando e acertando, pra poder fazer a minha história. Seja aqui, alí ou em qualquer lugar que o mundo possa me levar.

Que o tempo passe e ultrapasse tempos e circunstãncias,  que cada dia seja diferente, para que eu continue fazendo e escrevendo esta a minha história.




sábado, 3 de dezembro de 2011

Tempo pra mim...


Quero tirar um tempo pra mim
olhar o vento, caminhar sozinho...
respirar fundo, nada fazer.

Curtir preguiça, fechar os olhos
contemplar o mundo,
deixar-me molhar, se chover.

Sentir que o tempo passa,
mesmo que eu esteja parado.
Esquecer a voz, ficar calado.

Sorrir do nada ou chorar em vão,
mergulhar na praia...
trancar o coração.

Sentir que eu sou eu,
Que a vida vai muito mais além
do presente que alguém já me deu.

Sou sonho perdido, noite em calor
pássaro rumo ao abrigo,
figura que o tempo desbotou.

(Mário Pires)

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

No meio dos arquivos..

Vasculhando uns arquivos, encontrei esse texto
escrito no dia 28/03/2011.
...



A força que traz o pensamento,
e faz do vento poesia
não é o mesmo que afaga o rosto
quando sente um desgosto
onde o corpo jazia.

Se a noite escura, no findar do dia,
mover os pensamentos de quem não o vê
sobra-te o lamento, da face vazia,
que a dor
nem prece curaria
ao ver-te desabar a mercê.

O barco desce o rio
carregando leves correntezas de sonhos.
Sem remo, leme ou cantil
simplesmente com dor do âmago
que sufoca amplamento o desejo.

Entre raios e Lampejos
dessas chuvas de verão
peito aberto, corpo inteiro
tempo frio, vira nevoeiro,
desmorona tua emoção.

 (Mário Pires)