sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
Minha Biruta Bússola
Estar
fora de casa
Não quer
dizer estar ausente.
Pensamentos
ganham asas
E me
faz estar presente.
Não
abandonei minha lida
Apenas fui
dar uma ajustada,
Pra continuar
nessa parada
Coisa
chamada: Vida
Meus
sonhos nunca dormem
Por que
não durmo pra sonhar.
Acordado: sou um sonhador.
Vivo,
suspiro, respiro sonhar.
E o mesmo
vento que me sopras ao mar
Num
percurso circular e distante,
Faz a
biruta solta no ar
Indicar
novamente meu horizonte.
Sob
efeito das ondas no meu pequeno barco à vela
Navego em
águas temporais obstantes,
Luz do sol,
flor de girassol, flor amarela...
É
bússola natural, no meu coração trovejante.
[Mário Pires]
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Sonhar
Sonhar
[Mário Pires]
Os sonhos
não devem durar
apenas uma noite,
apenas um dia ou
apenas um instante.
Eles devem de ser eternos.
Pois, são eles, os sonhos,
que não nos deixa desistir,
que mantém viva a chama e o prazer
de fazer o bem, sorrir, amar e viver.
Acredite nos seus sonhos!
E lute por eles.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Chuva ao Nordestino
Foto Alexandro Gurgel |
Chuva ao Nordestino
(Mário Pires)
Agora que o horizonte se abre
E a chuva aos poucos vai diluindo.
Sinto os pingos a bater no balde.
Devagar, mansinho vou saindo.
Abro a janela e vejo o brilho do sol
Adentrando no céu brilhante,
Entre edifícios, não se vê como antes,
As lindas cores desse arrebol.
O arrastar da porta
Anuncia a nova aparição
Chão molhado bate fora
Esperança bate no coração
E na mão o chapéu de palha
O homem “menino” vê a lagrima escorrendo no peito
- Deus meu Pai, Nosso Senhor, Ave Maria!
Como o tempo ensina a esse sujeito.
- Acredito na fé, no amor e na alegria,
De que tudo pode mudar.
Sou pobre de paciência, carente de clemência,
Mas basta o Senhor comigo falar.
- E mostrar que o tempo não tem dono,
Que mesmo em completo abandono, sem nada dizer ou escutar,
Sou capaz de encontrar uma chuva,
No meio do mato, na reta ou na curva, e nela me molhar.
E a chuva aos poucos vai diluindo.
Sinto os pingos a bater no balde.
Devagar, mansinho vou saindo.
Abro a janela e vejo o brilho do sol
Adentrando no céu brilhante,
Entre edifícios, não se vê como antes,
As lindas cores desse arrebol.
O arrastar da porta
Anuncia a nova aparição
Chão molhado bate fora
Esperança bate no coração
E na mão o chapéu de palha
O homem “menino” vê a lagrima escorrendo no peito
- Deus meu Pai, Nosso Senhor, Ave Maria!
Como o tempo ensina a esse sujeito.
- Acredito na fé, no amor e na alegria,
De que tudo pode mudar.
Sou pobre de paciência, carente de clemência,
Mas basta o Senhor comigo falar.
- E mostrar que o tempo não tem dono,
Que mesmo em completo abandono, sem nada dizer ou escutar,
Sou capaz de encontrar uma chuva,
No meio do mato, na reta ou na curva, e nela me molhar.
sábado, 15 de dezembro de 2012
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
O bom da saudade...
O bom de deixarmos saudades
é que, em algum lugar, plantamos
sementes de carinho e amizade.
[Mário Pires]
http://pensador.uol.com.br/colecao/mariopires/
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
O Amor e o Cofre
Por
Mário Pires
Em
lágrimas, uma jovem chegou ao sábio, no alto da montanha, e lhe disse:
-
Mestre, eu não entendo as pessoas, nem o amor. Após anos convivendo com meu companheiro,
ainda ontem, abri meu coração dizendo-lhe que, por ele, daria a minha vida. Que
ele era a felicidade dos meus sonhos, a expressão maior do meu sorriso, o ar
que respiro e a fonte de minha energia. Disse-lhe que por ele tudo faria, dia e
noite, noite e dia, sem cansar.
Mas
eis que, sem pestanejar, de imediato ele me questiona:
-
Se me amas, dá-me a chave do teu cofre, onde guarda teus segredos. E ainda que,
algo machuque, doa; quem ama perdoa, por isso não tenhas medo.
Tal
jovem guardava segredos, entre coisas novas e antigas. E já era motivo de insegurança
com seu companheiro.
Com
o olhar fixado nas estrelas o Mestre a perguntou: - E então, concedeste a chave
do teu cofre?
Baixando
a cabeça, com o olhar direcionado às mãos, a jovem lhe respondeu:
-
Não, Mestre. Pois neste cofre, guardo coisas do meu íntimo, que se descoberto, confesso,
tenho medo.
-
Suponho que por isso, ele tenha partido? Disse o Mestre.
-
De certo, ele partiu. Disse-me que, tais segredos, geram-se dúvidas, confusão.
E que dessa maneira, não podia mais conviver. Acreditava que o amor fosse maior
que uma chave. E que se, no cofre haviam tantos segredos que não podiam ser
compartilhados, não percebia ali mais motivos para juntos prosseguir. Contou a
jovem, com um triste semblante.
Virando-se
para ela, que ajoelhada, sentada sob o calcanhar, o sábio lhe disse:
-
Amar é abrir-se por inteira. Ser como o céu, que não esconde as estrelas para
que possas deixar tua noite mais brilhante. Um livro aberto, com páginas livres
para serem lidas, compreendidas e ensinadas. Límpido como as águas do mar,
claro como a luz do sol. Ainda que a verdade traga ferida, o amor é capaz de
curar, quando ela, a verdade, é proferida.
Colocaste
a chave do teu cofre, onde mantém teus segredos, acima do Amor que dizes
conduzir no teu peito. Demonstrando que, o que sai da tua boca, não condiz com
o teu interior.
A
cumplicidade no amor cabe a ambos. Porém, ainda que desafiador, destes motivos
para a soberba, desconfiança e desarmonia.
Suspirando,
o sábio voltou-se a contemplar as estrelas e em silêncio permaneceu.
Após
alguns instantes, com os olhos marejados, a jovem o questionou:
-
Então, o que agora devo fazer meu Mestre? Ensina-me de que maneira devo agir?
Já
de olhos fechados, em sintonia com a natureza, sentindo a brisa noturna e fria
que vinha das montanhas, o Mestre lhe respondeu:
-
O que era pra ser dito, foi dito. Fazes tuas escolhas. Vai, repensas em tuas
atitudes e no que sentes. Apenas afirmo: o verdadeiro se divide. E o que não é,
obscurece.
E o sábio voltou a silenciar-se.
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Crônica - Sobre Tradição e o Carnaval
Esta crônica foi publicada e veiculada em diversos
sites de jornal,
blogs, rádios e perfis de facebook.
E se mudassem o,TRADICIONAL,
Circuito Osmar?
Encontro de Trios no Circuito Osmar |
Por Mário Pires (*)
Tradição é uma coisa que a
própria palavra diz: ritos e costumes propagados de geração para geração. E o
Circuito Osmar, trajeto do Carnaval de Salvador, que sai do Campo Grande e vai
até a Praça Castro Alves, onde acontece o histórico encontro de trios, é uma
das coisas mais tradicionais na Bahia.
Milhões de pessoas já passaram
por este circuito, que desde 1950, quando Osmar Macedo e Dodô Nascimento
subiram num calhambeque adaptado, batizaram com o nome de Fobica e saíram pelas
ruas de Salvador, transformando e criando a tradição do circuito, hoje
conhecido como Circuito Osmar.
Inúmeros baianos possuem lindas
histórias para contar na participação desse trajeto de carnaval: amizades
iniciadas, alegrias transbordadas, beijos trocados, relacionamentos começados e
casamentos realizados. Muitos relatos escreveram a história de quando tudo
começou naquele dia, naquele lugar, naquele carnaval. E essas histórias seguem
de geração para geração.
Mas, e se mudassem o Circuito
Osmar? Se tirassem do Campo Grande e levassem para outro lugar, ainda teria as
mesmas vibrações? Quantas emoções seriam excluídas, quantas sensações positivas
seriam abaladas? Mexer em tradições é mexer no coração das pessoas. Na história
e no sentimento de vida delas.
Perdoem-me aos apaixonados, e
defensores “sem causa”, mas Juazeiro é uma cidade “danada” a destruir suas
tradições. E mudar o Circuito do Carnaval atual é mexer na tradição de um povo
que, de tanto sofrimento, ainda busca a felicidade em alguns dias de folia.
Há pouco tempo, vi numa
reportagem, a face triste e a lamentação pertinente de uma jovem senhora, que
comentava sobre a destruição e depredação das casas e casarios históricos do
município. Mas esta senhora tem a verdade na fala e a infelicidade nos olhos
quando comenta tais agressividades. Ôh Juazeiro! Não têm dó de ti.
Aqui, cada um quer fazer algo
“diferente”. Uns fazem melhor, outros fazem pior, outros não fazem nada. É
tanta mudança, que ‘tu’, Juazeiro, estás toda retalhada. Talvez, muito mais
ferida que os cortes nas costas, provocadas pela TRADIÇÃO, do autoflagelo dos
Penitentes.
Eu, particularmente, ainda sou do
tempo dos carnavais de clube, quando a Banda Mirage, Banda Ouro, entre outras,
faziam a maior festa e levavam a alegria à comunidade juazeirense. É claro, que
ainda tinham as escolas de samba – mais uma TRADIÇÂO abandonada - que
desfilavam pela Adolfo Viana, indo pela Rua da 28 e seguindo pela Rua da Apolo,
encerrando o percurso logo mais a frente. Alguns leitores serão capazes de
comentar melhor sobre esses desfiles. Eu, ainda adolescente, apenas participava
com os amigos nas festas do “leiloado” Country Club.
Quando se mexe em TRADIÇÂO, tem
de ser para fazer algo melhor. Falta de recursos? Pode até ser. Carnaval aqui
não é prioridade.
Um exemplo de quando se mexe em
Tradição, foi derrubada da Tradicionalíssima Fonte Nova, para construir uma
Arena com uma estrutura muito melhor.
E o novo percurso? Vai
possibilitar aos foliões de curtirem com maior conforto os dias de momo? Ou
somente é para reduzir custos? E o palco da 28? E a “turma” do “Tô na Esquina”
para onde vai, se não haverá mais esquinas?
O Carnaval que era do povo, se
transformou em business. Quem tinha o dever de promover a festa, investiu no
sucesso de um novo quadriênio. E agora, com todo direito, quem faz o negócio,
quer lucros.
“Dodô do céu mandou recado,
notícias boas e lembranças, disse que tá do nosso lado... contou até como é que
foi que Deus, abençoou o carnaval” (Moraes Moreira)
Preparem, ou não, os esparadrapos.
Mais um retalho pode surgir nas TRADIÇÕES dessa terra amada por uns, usufruída
por outros.
“Bom” Carnaval em 2013.
* Mário Pires - filho, de
coração, de Juazeiro.
Assinar:
Postagens (Atom)