sábado, 3 de março de 2012

Amor é síntese


Por favor não me analise,
Não fique procurando cada ponto fraco meu,
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu
Ciumento, exigente, inseguro, carente,
Todo cheio de marcas que a vida deixou.
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.
Amor é síntese,
É uma integração de dados,
Não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
Ninguém consegue abraçar um pedaço,
Me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeito, amor.

(Mário Quintana)

Um comentário:

Fabrício César Franco disse...

Quintana é um dos meus poetas favoritos (outros são José Paulo Paes e Paulo Leminski). Gosto de sua candura, sua perspectiva gentil e filigranada da realidade. A poesia anda precisando disso...

Retribuo a visita, agradecendo mais uma vez. Abraço!