domingo, 14 de dezembro de 2008

Quem dera...




Quem dera...

Quem dera fosse
seu sonho realizado.
Enchendo-te de carinhos
loucos amaços, macios abraços.

Ter asas e voar ao seu encontro
levando feras indomáveis
que te carregassem aos céus
e soassem o mais puro som dos ventos.

Quem dera fosse a fé
para encher-te de coragem
e clarear qualquer que fosse a miragem
pelas estradas longínquas do tempo.

Manter-se alinhado, lado a lado,
atrelado, acompanhado de teu calor
a desejar-me intesamente e fugáz.

Quem dera minha palavras
chegassem aos teus ouvidos
com o pedido de perdão devido,
inerente as abistinências
derivadas da poeira
caindo pela leve
e marcante..
ampulheta da vida.

[Mário Pires]

Minhas Frases II

Se queres o meu bem, ficas bem primeiro.
[Mário Pires]

Parte de mim em ti. Parte de mim a sentir parte de ti preenchendo toda parte.
[Mário Pires]

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Minhas Frases I

O mau da mentira
é quando ela não soa
como verdade.
[Mário Pires]

O amor está mais
para a consciência
do que para o
coração.

[Mário Pires]


Sou o tempo todo
em vocês.
São vocês o tempo todo
em mim.

[Mário Pires]

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Festival Geraldo Azevedo

No último dia 04 de dezembro, defendi minha música "Ao Avesso" no festival Geraldo Azevedo da Canção em Petrolina/PE. Na seletiva para a final, de 15 músicas apresentadas, a minha não foi selecionada. Mas fiz meu show e foi muito massa.


Quem quiser conferir.. é só visitar o link co vídeo no youtube.

Abraços
[Mário Pires]

Inaiá...

Bom meus amigos, estou de volta.
Depois de um tempo sem tempo,
retorno com tempo, na esperança
de que vocês tenham tempo
para lerem com tempo meus
textos feitos de tempo em tempo.


Inaiá...

Estive em Porto Seguro... um lindo lugar e lá conheci a lenda da índia Inaiá.
Conta a história que Inaiá era a índia mais bonita encontrada na época do descobrimento.
Ela apaixonou-se por um português e ele por ela. Só que a Coroa Portuguesa não permitia o relacionamento entre os dois e mandou que o amor de Ianiá retornasse para portugal.

Na praça ao lado da estárua de Inaiá.

Ela, sem saber os motivos, ao ver seu amor partindo numa caravela, jogou-se no mar indo atrás de seu amor. Como não havia a possibilidade dela chegar a caravela a nado, acredita-se que Inaiá tenha se afogado nas águas (é claro) e seu corpo nunca foi encontrado.
Conhecendo esta história, fiz uma canção. A primeira instância (rsrs... advogado todo) o rítmo que acompanha a letra está no estilo reggae. Mas se aplica a qualquer um.
Espero que gostem da letra, mas traduz praticamente a história na íntegra.

Grande abraço.


Inaiá
Autor: Mário Pires

A índia..
mais bela que pude conhecer
tão linda...
exemplo de um amanhecer

Se apaixonou..
por um amor...
de outro lugar...
que veio te buscar

mas sem saber
como e por que?
o seu amor
partindo te deixou

ao ver no mar
a embarcação
pobre Ianiá...
seguia o seu coração

Inaiá.. Inaiá...
por amor sincero
no mar foi se jogar

Inaiá.. Inaiá...
nas águas de Porto
sumiu no mar

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Se eu pudesse...



"Se eu pudesse deixar algum presente a você...Deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora. Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem. Deixaria a capacidade de escolher novos rumos. Deixaria para você se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável: Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação. E, quando tudo mais faltasse, um segredo: O de buscar no interior de si mesmoA resposta e a força para encontrar a saída."


(Mahatma Ghandi)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sei que errei...

Oi tudo bem com você? Espero que sim. Obrigado pela visita.

Bem, pra dar uma "quebrada" nos longos textos que tenho feito, estou postando a versão que fiz de uma canção de Ben Harper. Particularmente gosto muito dessa canção e, inclusive, postei a letra original aqui com link para o videoclip.
Espero que gostem. E tudo indica que estarei gravando esta canção em breve.
Grande abraço.


Sei que errei
Versão Mário Pires de Another Lonely Day – Ben Harper

Estou sozinho
Sem você.
Lá fora está tudo em paz
Menos em mim.
As flores que eu comprei
Ah! Você não quis.
Eu pedi perdão de verdade
Acredita em mim.

Me perdoa, sei que errei.
Por causa de uma aventura vacilei.. eeeeiii
Fui tão longe, sei que errei Refrão
Por causa de uma aventura vacilei.. eeeeiii

O céu não é mais igual
Perdeu o azul.
O sol já não brilha mais
Por onde eu vou.
O canto dos pássaros
Não, não ouço mais.
Porque não tem você
Pra me.... acompanhar.

Me perdoa, sei que errei
Por causa de uma aventura vacilei.. eeeeiiii.
Fui tão longe, sei que errei. Refrão
Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.

Eu precisei demais
Do seu amor.
Mas como recuperar
Se você não me perdoou.
Quem dera tudo fosse
Um sonho chegando ao fim
E acordar com você ao meu lado
Toda pra mim.

Me perdoa, sei que errei
Por causa de uma aventura vacilei.. eeeeiiii.
Fui tão longe, sei que errei.
Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.

Fui tão longe, sei que errei.
Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.

Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.

Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.
[Mário Pires]

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tá virando moda sequestrar...

Oi pessoal! Olha eu mais uma vez por aqui.
Bem, o texto já é um pouco grande e por isso não irei me alongar
Desejo uma excelente semana a todos e um bom dia.
Abraços.

Seqüestrar e/ou matar namoradas esta virando moda

Por Mário Pires.

“Beijo na boca é coisa do passado, a moda agora é...” seqüestrar e/ou matar namoradas. Inacreditável mas me parece uma verdade. Todo dia agora é uma notícia assim. Já não basta a Eloá?? Pois bem!

Minha gente o “negócio tá pegando”, como diz a gíria. Impressionante como as coisas mudam de uma hora pra outra. Ou não sou eu que estou enxergando direito? Só pode. Por que agora baixou o “espírito” Lindemberg num monte de gente.

Talvez você não tenha observado como eu observei, mas, do caso Eloá pra cá, já existiram vários crimes passionais. Esses que os namorados seqüestrando e/ou matam as namoradas. Uns com finais “felizes” – felizes entre aspas não é? Por que a pessoa deve sair com um trauma cruel dessa situação. E nem quero me colocar no lugar da família, que com toda certeza fica desestruturada e amedrontada por um tempo depois de situações assim. Mas o feliz que me referi, é claro que você entendeu, é que o crime não terminou em morte.

Bem. Só pra você ter uma idéia, no último dia 25/10, em Salvador, um jovem de vinte anos, seqüestrou e manteve a namorada/esposa por doze horas, detalhe: ela tem dezoito anos de idade e está grávida de oito meses, ameaçando-a de morte. Que negócio é esse?!?! Graças a Deus, as negociações na capital baiana foram bem melhores do que as do caso Eloá. Algumas pessoas aprendem com os erros dos outros. Mas vamos lá...

Meu Deus onde nós estamos? Me explica daí vai!! Pra onde esse “buzú” via planeta terra/Brasil está indo que eu quero saltar noutro ponto. Aff!

Só relembrando, se você não acompanhou. No sábado que Eloá tomou um tiro, no domingo outra jovem em São Paulo foi brutalmente assassinada pelo ex-namorado por que ela não quis mais manter o relacionamento com o rapaz. Devia ser um cara babaca pra ela e a garota resolveu dar um “pé na bunda” dele. Até aí tudo bem se o babaca não fosse pegar uma arma e acabar com a vida da menina de apenas vinte anos de idade.

Espantos a parte, na moral: o que é que esse povo tem na cabeça? Ou melhor, o que falta na cabeça desses ciumentos passionais e doentios? Cadê Freud pra explicar?
O pior de tudo é que a maioria das vítimas envolvidas são meninas com idade média de quinze a vinte anos, com uma vida inteira pela frente, mas que um assassino desvairado acaba destruindo com a história dessas meninas. Quem inventou aquela frase “se não é minha não vai ser de ninguém”? Ah se eu descubro! Ah Lampião vivo!

Minha gente o que é isso? Estou repleto de perguntas hoje, não é? Mas é que está virando moda mesmo esse negócio de seqüestrar e matar. Fico preocupado com os inúmeros pais e mães que estão passando por essa situação ou que podem passar por isso um dia. Tirem meu nome da lista, por favor.

Mas falando sério (não me lembro de ter brincado). Vou jogar um pouquinho da culpa na família. É isso mesmo! Família é base de tudo. Educa e torna os filhos amigos dos pais e vice-versa. Os pais precisam tomar as “rédias” dos filhos. (Que eu nunca perca as rédias das minhas filhas).
Independente disso é preciso que os pais conversem sempre com os seus, a fim de evitar esses probleminhas. E que probleminha não é?

Gente! É com você mesmo que estou falando. Você pai e mãe de família que deixa sua filha novinha, vestir shortinhos, colocar aquele piercezinho no umbigo, usando a blusinha pra mostrar o lindo piercing, ir para as festonas que vai está todo mundo da cidade, encher a cara de bebida “free” e fazem amizades que você nem sabe por onde a filha esta indo, muito cuidado. Os tarados, seqüestradores, matadores e lobos maus – comedores de criancinhas estão aí. Depois, depois! Hum!

Pra finalizar, vou relatar um fato real. Dia desses estava indo ao banco com meu amigo Éden José (que também tem duas filhas), e lá tinha uma garotinha no banco que não devia ter quinze anos, mas já com um corpo bem formado, trajando shortinho curtinho (era minúsculo mesmo), blusinha mostrando barriguinha, de bonezinho de lado, rosto maquiado, acompanhada (provavelmente da mãe)... enfim, realmente era muito bonita a menina (e não tinha jeitinho de pobre não – o povo tem mania de colocar a culpa nos pobres), e chamava a atenção de todos. Olhamos para os lados e comentamos um com o outro: - Rapaz como é que pode a mãe deixar a filha vestir uma roupa dessas? No banco, tirando nós dois que ficamos preocupados com a vestimenta da garotinha (sério mesmo), o resto que fosse homem dentro do banco, estavam “comendo” a menina com os olhos. Imaginem os pensamentos bondosos (pra não dizer o contrário) que eles estavam fazendo. Mas a mãe devia está achando liiiiindo – era só sorrisos.
Minha gente: Roupa não cria e nem muda a personalidade de ninguém. Mas atrai. Entendeu?? Ou quer que faça um desenho?

Enfim. Cuidem de seus filhos para que eles não virem seqüestradores. E cuidem de suas filhas para que não se tornem vítimas do passional. Depois não diga que eu não avisei. Bom costume e família ainda pode mudar alguma coisa.

Tomem as rédias e lembrem-se: o lobo mal está à solta e mais equipado. Além dos dentes afiados, usa facas, três oitões e pistolas pra pegar as criancinhas. Ou seja, filhas e filhos de nossos.

* * *
Até a próxima.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Lágrimas infantis por uma violência adulta

Prezados amigos e visitantes, desejo de todo coração que todos estejam bem.

Estive um tanto sumido do meu blog, mas agora estou de volta com força total. Muias coisas aconteceram, muitos ventos sopraram e muitas folhas irão florescer. Temos tempos de atração e tempos de reflexão, tempos sem tempo, mas tempo a todo tempo.

Enfim, volto um tanto atualizado, com o texto de uma sociedade perdida, de um mundo um tanto dramático, mas que fazem parte da vida.

Abraços.




Eloá e Nayara

Lágrimas infantis por uma violência adulta

Por Mário Pires (*)

- Que é que essa menina tá chorando? Perguntei a minha esposa ao chegar em casa e ver minha filha, Fernanda - 09 anos chorando no seu quarto com a TV ligada.
Suas lágrimas corriam no rosto choroso a meio silêncio. Sua fisionomia de tristeza, lamentação e dúvidas estavam nítidas.

Não tive uma resposta imediata, porque outros assuntos adentram antes de descobrir o motivo das lágrimas que Fernanda ora derramava.

Enquanto comentava por algo que me deixara aborrecido, um tanto ríspido novamente perguntei: porque motivo essa menina está chorando?

Nesse momento eu já havia transformado os traços da minha face em dúvidas também. Internamente questionava-me o porquê das lágrimas? Do choro quase silencioso? Da tristeza daquela face infantil lamentando por algo que ainda não sabia e buscava respostas imediatas.
Sem demora, após o segundo questionamento do choro, veio a reposta acompanhada de uma pergunta: - A menina papai! Levou um tiro na cabeça e está em coma irreversível. Por que papai? Por que Deus? Clamava Fernanda por respostas que eu naquele momento não sabia dar-lhe. Contudo, "caiu a ficha": - Ela deve ter assistido ao jornal e viu o caso de Eloá. Deduzi imediatamente.

A mãe conduzia as sobrancelhas à cima como se dissesse: "já sabe agora o porquê?".

Um tanto mais frio e acostumado com essa violência diária em nossas vidas, comentei: - Precisa chorar? Isso acontece Fernanda, mas não precisa chorar desse jeito. Enfim, tentei trazê-la à realidade urbana de todo dia. Mas não consegui porque não é algo novo que surge, e por algum tempo ela ainda chorou.

Passados alguns minutos fui até ao meu interno senso de consciência e perguntei-me: Precisava chorar? Precisava?

Lamentavelmente a minha resposta foi que sim. Era a defesa de Fernanda contra o sentimento de medo dessa violência que ora cresce, que ora nos domina, que ora nos desmancha.
Um tanto preocupado com o sentimento que via em minha filha, de apenas 9 anos, tendo de encarar um "mundo cruel", com realidades brutas e sem fundamentos. Situações irreversíveis que nenhum de nós queríamos e queremos que aconteça conosco.
- É. Analisei com meus botões. Esse foi o primeiro embasamento para a resposta quer dei a Fernanda sem pensar. Não era comigo, por isso achei que não precisava chorar.
Bem, mas, até aí eu ainda pude responder. Porém, e Deus? Qual a resposta que ela, Fernanda, poderá ter de Deus?

Infelizmente é comum assistir aos telejornais e ver somente violência espremida em cada espaço jornalístico. Nos jornais impressos, tem dia que, com diz o velho ditado popular, "se você espremer sai sangue" de tanta notícia ruim.

Queria poder ter uma resposta contundente pelas lágrimas derramadas naquele semblante infantil, aterrorizada e atemorizada por essa violência constante.

Tudo bem, tudo bem meu Pai do céu! Infelizmente a gente acostuma com essas coisas, e sei que isso é a falta de Ti no coração dos homens e mulheres deste planeta. Afinal, não é o primeiro caso de crime passional que nos vem à tona. É mais um exemplo claro de uma paixão doentia. Isso definitivamente não pode ser amor.

Mas voltando ao assunto.
Ficou tarde. Era noite e Fernanda acabou distraindo-se com a novela e dormiu. E eu, ainda diluindo as lágrimas de uma criança pela "desconhecida" Eloá, que se vai à flor da idade, ainda debutante, vítima de um inconformado ser, exigindo um amor que ela não poderia mais lhe oferecer, faço das palavras infantis às minhas: Por quê? Porquê?

***
Texto escrito no último sábado (18/10/2008) e publicado no jornal Diário da Região.
***
Mário Pires é Profissional de Comunicação & Marketing.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

As interpretações...

As interpretações
que temos das coisas,
das pessoas e do mundo
devem ser compartilhadas
e esclarecidas, para que não ajam
discórdias, nem dúvidas,
nas ações de quem está
tão próximo de nós.

[Mário Pires]

domingo, 17 de agosto de 2008

Aos meu amigos..

Olá pessoal.

No último dia 15 de agosto foi a Formatura do curso de Marketing de meus amigos.
Caso não tivesse trancado o curso no início do ano, estaria me formando também.
Confesso que senti uma dorzinha na garganta ao assistir a solenidade de formatura.
Mas, graças a Deus, retomei o curso e se Ele ainda permitir, estarei formando-me em Gestão de Marketing no final deste anos.
Em homenagem aos meu amigos, fiz o texto abaixo.




Aos meus amigos...

O destino coloca pessoas em nossa vida que viram família,
e ficamos felizes ao lado deles.
Alguns fazem papel de pai, nos ajudando nas atividades...
outros viramos irmãos e irmãs, sempre um ajudando o outro.
Enfim, compartilhamos seus momentos de alegria,
seus momentos família... seus momentos de sucesso,
seus momentos e extravagancia.
As vezes nos distanciamos ou separamos.
Tomamos novos rumos, ou seguimos outras estradas.
Mas, o bom de tudo isso... como diz o poeta:
é que sempre seremos amigos.

[Mário Pires]

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Ao avesso...



Ao avesso...

Extraio a pele,
viro-me pelo avesso.
Torno-me carne viva
pago o preço.
O preço de seguir por caminhos,
cultivado por rosas e espinhos,
tendo cravado no peito
a sensação de bem-estar.
Madrugadas de insônia
tremem o meu ego.
Vigio-me para não cair
em versos inversos...
avessos enfim.
Canta teu canto,
faz do balanço
um ponto guia.
Perceba que meu mundo
reverbera a noite;
não o dia.
Acorda meu sonho.
Guia-me pela realidade
e faz no meu universo
a verdade,...
de um avesso...
existente em mim.
[Mário Pires]

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Eu no céu, você na terra.

Olá meus queridos amigos, mais uma vez estou aqui a postar.
O texto abaixo é uma homenagem ao Dia dos Pais, que inclusive
foi publicado no Jornal Diário da Região, na edição deste domingo
(Dia dos Pais). Espero que gostem e fiquem a vontade
para comentar. Grande abraço!




Eu no Céu, você na terra.

Bem antes de atuar a sua maior arte como artesão, antes mesmo de desenhar o homem e seus descendentes, Deus havia feito planos. E nesses planos, Ele desejou que alguém o representasse enquanto ocupava-se com toda a criação, que fosse seu braço direito na realização de seus maiores projetos, que o ouvisse quando fosse necessário, e que executasse uma das maiores tarefas que um ser poderia ter em vida.

Assim, fez o homem. E com certeza, em um de seus momentos com a sua criação, disse-lhe: receberás a honra de ser um pouco de mim. Dou-lhe o poder da vida. De, junto com a mulher, ser gerador e procriador no mundo que te destes de presente. A tua criação verá em ti, o que em mim vê e lhe chamarás como me chamam,... Pai.

Deverás amar, cuidar, acariciar e proteger toda tua descendência. Responderão ao seu chamado, assim como as aves respondem aos meus assobios. Escutarão com toda harmonia infantil e serás dele, assim como ele serás seu.

Trate-os como Eu vos trato. Ensine-os, como Eu vos ensino, e serás amado como Eu vos amo. Use toda a tua percepção e proteja-os de todos os males, assim como Eu tenho vos protegido.
Sorria e receberás dele um sorriso. Imite-o e serás imitado. Dance, brinque, pule e verás que toda a emoção transbordará os extremos e limites do companheirismo.

Leve-o ás lágrimas e juntos chorem, mesmo que seja em busca do perdão. Pois, as lágrimas do perdão, são tão necessárias quanto as da alegria, e tão exuberantes ao ponto de exalar o teu maior e sincero perfume: o amor.

Deixe que sintam sede. Não de água, mas de conhecimento. Ao teu lado, segurando por tuas mãos pequeninas, guie-os pelas cartilhas da vida, pelas veredas inibidas, sinuosas ruas traçadas por passo a passo.

Sonhem abraçados. Durmam colados quando puderem. E como o fruto, faça-os amadurecer para que se tornem teus exemplos, como tenho te amadurecido por todo o tempo. Ame-o sempre.
Siga-os em seus caminhos, mas deixe-os também trilhar suas próprias histórias. As quedas os ajudarão a ser fortes, como tu também serás.

Doa-te o tempo. Mesmo que o tempo seja cruel, mesmo que o tempo seja limitado, mesmo que o tempo seja indagado, pela ausência constante, envolvido em tuas tarefas profissionais que tanto lhe tomam o tempo.

Lembra-te: tendo vida gerado, para sempre serás Pai. E nunca o deixará de ser. Podem ventos derrubar casas, podem nuvens fechar os céus, podem partir ao meu chamado, podem seguir ao perdê-los em circunstâncias da vida, mas sempre serás teu, assim como serás dele.
Nunca os abandone. Nunca os desampare. Pois Eu, nunca vos deixo. Teu maior destino é compartilhar, amar,... doar-se.

Lembra-te também de ensiná-los a orar. Junte suas mãos e ele juntará as dele. Faça-o sentir a Minha presença, assim como Me sentes internamente. De olhos fechados e em paz com todos ao seu redor, leve-Me ao teu coração e ajude a fazer o mesmo com os seus.

Suspirando em sua omnipotência, Deus o olhou seriamente e disse: aviso-lhe, para que nunca os maltrate, pois a Mim estarás maltratando. Nunca os tente contra a vida, pois a Mim estarás matando. E levarei toda a Minha ira perante a ti. Nunca os deixe com fome, pois em Mim provocarás o maior jejum, e até que dia de vos alimentar eu não cessarei.

Tudo vos é dado, para que passes a teus filhos, afim de que eles sigam teus exemplos, de geração em geração, pois se bem o fizer, bem ele o fará e terás orgulho um ao outro.

E então, ao concluir, Deus, abriu os braços e vos disse: segue meu filho, leva contigo o meu amor, o meu perdão, a minha paz e os meus ensinamentos. Cumpres o teu dever... serás homem, serás filho e serás Pai. Assim como Sou para ti no céu, assim deverás ser na terra.
* * *
A todos um Feliz Dia dos Pais.
[Mário Pires]

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Petrolina: a metrópole do Nordeste...

Anualmente, faço um jornal para a Fenagri - Feira Nacional da Agricultura Irrigada, que acontece no Vale do São Francisco. Abaixo, público o editorial que escrevi para o jornal.

Abraços a todos, espero que gostem.





Petrolina: a metrópole do Nordeste

Desde as primeiras plantações, muita coisa se sonhou nesta terra. Petrolina, que nestes dias representa todo o Vale do São Francisco, realizando a 19º edição da Feira Internacional da Agricultura Irrigada - Fenagri 2008, desperta para o mundo, mais uma vez, todo o seu potencial agrícola, atraindo importadores, exportadores, produtores rurais, vinícolas, apreciadores do vinho, enfim, tudo o que existe de agronegócio no Vale, no Brasil e no exterior.

Somada as forças trazidas consigo, nas lutas pela produção diferenciada, pela modernização de produtos e equipamentos, favorecendo a qualidade do fruto e a estruturação do Pólo do Vale do São Francisco, Petrolina vem com toda força e coragem, como uma verdadeira deusa Deméter ou Demetra, que na mitologia grega representa a deusa da agricultura, que ensinou e ensina a seus filhos a cuidar da terra e de suas plantações.

E como eles aprenderam! Aprenderam tanto que hoje, gerações e gerações, traçam caminhos entre plantações de manga, uva e tantos outros frutos que ora tornam-se experimentáveis em projetos irrigados às margens do Velho Chico.
Petrolina, nesses quatro dias de feira, representando todo o Vale do São Francisco, é a nossa metrópole do Nordeste em agricultura. Pois, vivenciará em toda a sua história, um dos melhores momentos realizando a Fenagri 2008.

Além de ter pedido licença à natureza e realizar o evento na Porta do Rio, Orla de Petrolina, a feira representa também os grandes investimentos realizados na fruticultura irrigada da região, tornando-a cada vez mais tão grandiosa.

Novidades estarão expostas, conhecimentos serão disseminados, negócios serão promovidos e satisfações serão obtidas. Assim, é que amplia-se horizontes, conquista-se credibilidade, busca-se desejos e sonhos, passos e pernas, mãos e braços. Um trabalho contínuo de quem produz o ano inteiro, de quem “arregaça” as mangas, e também os melões, as uvas, os abacaxis, as goiabas, as melancias e tantos outros frutos.

Conseguistes Petrolina, a realização de sonhos: o fortalecimento dos projetos, a materialização dos desenhos, a concretização dos objetivos. E isso está explícito em suas ruas, nas suas terras, nos seus filhos, nos seus companheiros de lavoura, roça, fazenda ou plantação. Cabe em ti o orgulho de ser a “metrópole do Nordeste” em agricultura irrigada, pela infra-estrutura projetada, pela força que tens.

Mais uma vez, presente neste grandioso evento, o Jornal Frutificar também vem fazendo a sua história, em sua quarta edição e em sua terceira participação em Fenagri. Mais uma vez, trazemos aqui os desbravadores de terras, que, como braço direito, te ajuda a abrir caminhos por horizontes imensos, fazendo-te construir essa belíssima história de força e determinação.
Queremos parabenizá-la por manter-se firme, por investir e acreditar nesse Pólo produtor e exportador das melhores frutas do país, trazendo tecnologia, conhecimento, entretenimento, diversidade e interação entre culturas, raças e raízes.

Que todos os seus visitantes possam aproveitar tudo que tens a oferecer nestes quatro dias de Fenagri, que possam exibir toda a sua alegria, suas delícias frutíferas, seus produtos diversificados e que, à cima de tudo, estejam felizes por presenciarem o que tens de melhor.
Sucessos Petrolina. Parabéns pela Fenagri 2008.

[Mário Pires]

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Só você faz...




O presente transforma o passado
em coisas que tanto já não dói.

Trovejam os ventos em tempos,
histórias de meninos e meninas
que já não são mais.


Casa de passarinho é um ninho
que só ele constrói.

E o seu futuro??? Só você faz.

[Mário Pires]

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Ah! Que saudade...

Prezados amigos, no dia 15 de Julho é aniversário de Juazeiro, cidade que resido e que aprendi a gostar. Para esta data, fui convidado a escrever um artigo para o Jornal Diário da Região, e divulgo abaixo o texto. Espero que gostem.


Ah! Que saudade...

Mário Pires (*)

Natural de Salvador, cheguei a Juazeiro ainda bebê, nos idos de setenta e seis. Sou um filho adotado. Um juazeirense de coração, por que tenho daqui as melhores alegrias e lembranças. E nesses 130 anos, conto um tanto das minhas saudades.

Sob as primeiras reflexões do meu passado, senti a saudade do tempo, ainda criança, com os amigos nadava nas águas do rio São Francisco, atravessando para a Ilha do Country, fazendo disputa de quem chegava primeiro. Lembrei das vezes que ganhei, das que perdi e de todas que me diverti. Ah! Que saudade!

Lembrei de quando, no período Junino, ia para o “pátio da feira” curtir as quadrilhas, ouvir os artistas: Assisão, Amelinha, Alcimar, Sandro Becker cantando em duplo sentido “Selma, sei que tu tem um bichinho”, Clemilda com suas canções engraçadas dizendo “Seu delegado prenda o Tadeu, ele pegou minha imã e...”, Genival Lacerda, entre outros que ficaria pequeno aqui relatar. Ah! Que saudade!

Vem-me à tona também no tempo em que brincava na praça da Bandeira, onde localizava-se o Fórum, correndo pelos jardins, indo e vindo pela Praça Imaculada Conceição, quando na época tinha, no centro da praça, o que chamávamos de ponte, que na realidade era uma passarela sob um pequeno espelho d’água, e corria pela praça a sorrir, cair, chorar, levantar, correr de novo. Sem contar que também ía e vinha da Praça do Jacaré (Aprígio Duarte), onde tinha o bar Ki-sabor e Primavera, atravessando pelo beco do Bar “O Garoto”. Eternos ponto de encontro dos jovens da época. Ah! Que saudade!

Encostar-se ao cais da orla, com suas proteções de tijolos e cimento, todo trabalhado, com estilos de época que caracterizava as riquezas da cultura contemporânea. Ver as crianças se deliciando em mergulhos nas margens do Velho Chico. Assistir a travessia das barquinhas como se fosse algo de outro mundo e sorrir admirado ao vê-la chegar a Petrolina. Ah! Que saudade!

Ainda na orla, no final de tarde e a noite, via os ônibus da empresa São Luiz, com sua frota enfileirada prestes a seguir viagens para Salvador e demais cidades do interior. Logo mais atrás, próximo de onde hoje ficam os bares Bora-bora e Gordo, funcionava o terminal de ônibus coletivo, a sempre Joalina. E os ônibus da época, das duas empresas, lembrando deles agora, me vem o sorriso considerando-os feios e estranhos, mas eram os modelos mais atuais. Ah! Que saudade!

Morava no bairro Country Club, minha família ainda mora lá, e ir ao centro de Juazeiro era como se fossemos ir ao shopping. Pensava: “Nossa fui no centro da cidade”. Dizer aos amigos que tinha ido ao centro, era muito bom. Brincar o carnaval no Country era umas das coisas mais sagradas. Estar com os amigos, dançar o auge do “Deboxe”, com dedinho pra lá e pra cá. Curtir a Banda Mirage, com a loiríssima Marly, arrastando multidões, juntamente com as bandas Ouro e Astral. As músicas tinham mais conteúdo. Ah! Que saudade!

E as pessoas? Naquela época não me parecia ter tanta violência. Podíamos brincar na rua normalmente, chegar mais tarde sem se preocupar tanto. Juazeiro era uma cidade bem mais tranqüila e o tal “desenvolvimento” acabou, literalmente, acabando com essa Paz que existia. Ah! Que saudade!

Politicamente não tenho muito do que falar da época. Era criança e não me envolvia com essas coisas. É, mas eu cresci. E hoje comparando os dois períodos sinto que Juazeiro parecia que iria se tornar uma das melhores cidades do Brasil. Com o tal desenvolvimento as coisas aconteciam fluentemente, mas não sei, ou até sei, onde tudo parou. Enfim, ficamos reféns do tempo. Ah! Que saudade!

É fácil dizer “te amo Juazeiro”. É fácil abraçar as pessoas e dizer “Juazeiro minha terra”. Quando, na verdade, esta terra tem acumulado perdas e sofrimento. Quando na verdade o amor está direcionado a interesses políticos e pessoais. Quando na verdade, o povo iludido, vive à sombra da troca administrativa de um para o outro. Imagino que o prazer de estar no Poder, satisfaça a tantos. E por sentir em minhas lembranças que a época de infância era melhor, e por acreditar que devemos mudar, digo: Ah! Que saudade!

És Juazeiro, em proporção, uma das cidades com mais cadeiras nas Câmaras, estadual e federal, que se unissem forças fariam desta terra abençoada pelas águas mais doces vinda da “Canastra”, um dos melhores lugares pra se viver. Pois se o fosse, teus filhos, Juazeiro, não partiriam daqui para desbravar outras terras. E ficariam aqui para ajudar-te a crescer. Ah! Que saudade, de quando eras olhada com outros olhos.

Nesses seus 130 anos, Juazeiro, muitas declarações de amor surgirão. Muitas palavras de carinho te darão. Reflita! Contemples o teu velho e companheiro “Chico” e busques em teus arquivos as vitorias e derrotas que tivestes. Busque nos sonhos que sonhastes a emoção para tornares ainda mais bela, ainda mais forte, ainda mais desejada. E que tudo ainda por vir, não fique somente em saudades.

Parabéns Juazeiro.

(*) Profissional de Marketing

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Evidência

A evidência de cada ton
movimentando os sentidos,
sutilmente, transforma
em ondas aquosas aquilo
que mais hemostático
tens no corpo.


[Mário Pires]

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Amanhã é um novo dia...



Amanhã é um novo dia...
é um passo para caminhar diferente,
é uma esperança que vive ardentemente
por labaredas de sonhos em vida.

Amanhã é um novo dia...
com um tom a mais da minha aquarela,
entre mundos atravesso por passarelas
que me despertam os devaneios do futuro.

Amanhã é um novo dia...
que desejo acordar livremente
sorrir, sentir o vento, espairecer a mente
e encarar o mundo com novos desafios.

Amanhã é um novo dia...
onde quero aumentar meus amigos,
amar cada vez mais o que já estão comigo
e abraçá-los em lágrimas de cumplicidade.

Amanhã é um novo dia...
que eu seja o mesmo menino
sem perder o bom desatino
que me faz ser o que sou.

Amanhã é realmente um novo dia...
mas que eu ainda seja feliz,
que não saia do caminho nem por um triz
e que minhas palavras, escritas ou faladas,
deixem boas lembranças no coração
de quem as lê.

[Mário Pires]

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Descubro-me...



Descubro em sonhos
todos eles "sem" pérolas
que haviam muitos mais versos
loucos e cadentes, de devaneios
que causam na parte mais nobre,
os mais translúcidos versos
que de saliência curva, desconvexa
e adentra na mais recente
moldura fechada.

Percebo que em cada mundo
tem um pedaço da dor,
que escreve de parte
a parte, como se deixasse
as migalhas ao vento.

Conto até nove,
mas posso chegar até doze
e em números suspirar,
mostrando com quantos
paus se faz a uma canoa.

Ah! Mas o que sou?
Labirintos me escondem
em muros virtuais,
onde as reticências me identificam,...
fotos, textos, meu mundo
e muito mais.

Assim concedo-me...
o que em sonhos pedi,
o que em versos diluí,
e o que incitadamente...
transcrevi.
[Mário Pires]

domingo, 15 de junho de 2008

Latente em ti...



Lembro-me de em teus caminhos
acalando meus pensamentos
e em cada sorriso teu
deixava-me os olhos atentos.

Quanto mais o tempo distancia
sorrateiramente meus passos te persegue
por caminhos tortos que não devia.
Mas quem pode dizer o que deve e não deve?

Oculto em meus sentidos
fluto-me aos remansos de teus braços.
Pra você sou todo ouvidos,
corpo, mente, beijos, amassos.

Inevitávelmente,
caminho em direção ao desconhecido.
Traquejos de historias de vida
me permitem dizer o que digo:
congruente é sorrir,
certo ou errado,
quente, latente
em ti.

[Mário Pires]

domingo, 8 de junho de 2008

Academia Brasileira das Loiras...

Oi pessoal, tenho andando um tanto sem tempo para poder escrever algo bem interessante. Tenho trabalhado bastante - Graças a Deus.
Mas pra começar uma semana bem, e sorrindo, to publicando um texto que recebi por email.
Não precisa dizer que me acabei de rir...


Acompanhem!




ACADEMIA BRASILEIRA DAS LOIRAS!!!!
NOVO DICIONÁRIO!!!!


ABREVIATURA - ato de se abrir um carro de policia;

ALOPATIA - dar um telefonema para a tia;

BARBICHA - boteco para Gays;

CÁLICE - ordem para ficar calado;

CAMINHÃO - estrada muito grande;

CATÁLOGO - ato de se apanhar coisas rapidamente;

COMBUSTÃO - mulher com peito grande;

DESTILADO - aquilo que não está do lado de lá;

DETERGENTE - ato de prender indivíduos suspeitos;

DETERMINA - prender uma garota;

ESFERA - animal feroz amansado;

HOMOSSEXUAL - Sabão utilizado para lavar as partes íntimas;

LEILÃO - Leila com mais de 2 metros de altura;

KARMA - expressão mineira para evitar o pânico;

LOCADORA - uma mulher maluca de nome Dora;

NOVAMENTE - diz-se de indivíduos que renovam sua maneira de pensar;

OBSCURO - 'OB' na cor preta;

QUARTZO - partze ou aposentzo de um apartamentzo;

RAZÃO - lago muito extenso porém pouco profundo;

RODAPÉ - aquele que tinha carro mas agora roda a pé;

SAARA - muulher do Jaaco;

SEXÓLOGO - sexo apressado;

SIMPATIA - concordando com a irmã da mãe;

SOSSEGA - mulher desprovida de visão;

TALENTO - característica de alguma coisa devagar;

TÍPICA - o que o mosquito te faz;

UNÇÃO - erro de concordância muito frequente (o correto seria um é);

VATAPÁ - ordem dada por prefeito de cidade esburacada;

VIDENTE - dentista falando sobre seu trabalho;

VIÚVA - ato de ver uva;

VOLÁTIL - sobrinho avisando onde vai.



Ai ai ai.. ô povo que inventa!!



Abraços e boa semana.

terça-feira, 3 de junho de 2008

O que desejamos...



Muitas vezes fazemos
coisas que não queremos.
Da mesma forma que
não fazemos coisas
que tanto desejamos.

[Mário Pires]

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sonhos...



Ainda que meus sonhos
não sejam realizados,
sinto-me feliz,
por ter tido, ao menos,
a oportunidade
de SONHAR.

[Mário Pires]

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Castro Alves

Ainda na infância tive a oportunidade de conhecer os textos deste baiano que prematuramente, ainda aos 24 anos, nos deixou; porém marcou a sua passagem por esta terra para toda uma eternidade.
Abaixo publico um de seus belíssimos poemas. Salve Castro Alves!



Praça Castro Alves - Salvador/BA

AS DUAS FLORES

São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo, no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor!

[Castro Alves - 1847 a 1871]

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ouça tudo...

Ouça tudo o que pode
e nunca fale o que não deve.

[Mário Pires]

Meninas... me desculpem.
Mas não citei nomes no texto.
Como vocês se sentiram ofendidas
retirei o texto, mas não foi a minha
intenção de comentar nada de ninguem,
muito menos algo de vocês.
Acho que o manifesto acabou causando
mais evidencia do que o próprio texto.
Em outro momento eu usarei.
Mas, ainda assim peço desculpas.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Eu quis...

Obrigado a todos pelas visitas e
pelo carinho demonstrato no texto às mães.
A cada dica sinto-me feliz por perceber,
nas palavras de vocês, que tenho
dito coisas que vocês gostam e que,
de certa forma, se identificam em
alguma parte.
Mais uma vez, obrigado.



Eu quis...

Certa vez, dei-me conta de que eu quis de tudo um pouco.
Quis viver, curtir, amar, brincar, sorrir e sentir.
Quis um abraço, um carinho, um afago, um beijinho.

Quis correr, chorar, fugir, viajar, partir.
Quis mergulhar no mar, no lago, lagoa, rio.
Quis comer carne branca, vermelha,...
beber cerveja, cachaça, wisky, vinho em barril.

Quis quem enxugasse minhas lágrimas,
quem me elogiasse, quem me achasse chato,
e até mesmo quem me criticasse.

Quis um novo rumo, quis mudar a vida.
Quis fazer amor, transar ou fazer sexo
a noite toda ou meia hora "perdida".

Quis muito dinheiro, enquanto pouco tive.
Quis receber um Cheiro ou uma dor
que me martirize.

Quis brigar, lutar, socorrer.
Quis largar tudo e sozinho
no mundo viver.

Quis retribuir e ser retribuído
pelo que fiz de bom, ou até mesmo
pelo que tenha merecido.

Quis tudo...e tudo vou querendo.
Porque, para tudo que eu queira,
é preciso querer um pouco mais
de tudo isso que eu quis.

[Mário Pires]

sexta-feira, 9 de maio de 2008

A maior missão que alguém recebeu



Quando te vemos a primeira vez, sinceramente não sabemos nem de quem se trata. Sempre vemos no teu rosto, apesar de estranho, traços que nos fazem sentir-se muito bem. Tua voz nos é tão próxima, tão intensa, agita nosso coração, permite uma confiança, um carinho, um amor, uma paz, uma alegria. Mas, ainda não sabemos quem és. Toda a tua atenção, cuidado e zelo, vai aos poucos nos mostrando e permitindo o quanto podemos confiar mais ainda em ti.
No início nos faltam palavras para agradecer toda essa dedicação. O pouco que dizemos ainda não é o suficiente para representar tudo o que fazes por nós. Mas, percebemos o quanto nossas pequenas frases a deixa feliz. Vendo-a sorrir, também nos faz sorrir, e sorrimos juntos. Que coisa! Parecemos dois "bobos", um rindo da cara do outro. Mas o interessante é que curtimos tudo isso.

O passar do tempo tua voz vai se tornando mais clara, mais objetiva e sempre delicada. Realmente, no início, não entendíamos o que querias dizer. Antes eram apensas "sons", engraçados ou de atenção, emitidos por tua boca. Agora compreendemos que eram palavras que hoje soam aos nossos ouvidos como preocupação. Nos sentimos bem com isso. Ficamos muitas vezes emocionados com tanta compaixão. Neste caso, um verdadeiro amor.

Mais uma vez, vai-se o tempo, enfim naturalmente, crescemos, deixamos de ser bebês, nos tornamos crianças. E ainda assim, sempre existe o seu amor, a sua delicadeza, a sua preocupação e proteção, às vezes exagerada, por ainda não compreender que nos colocastes no mundo e nele um dia viveremos a sombra de nossos próprios passos, e precisamos aprender com as quedas, com as brigas com coleguinhas, e até mesmo com irmãos, que no mundo muita coisa iremos conhecer.

Na adolescência, vivemos a busca da liberdade. Mas você sempre estar ali, ainda na nossa sombra. Com sua inquietação, querendo nos colocar no melhor caminho que acreditas ser. Por que dizem que teu coração não se engana, sempre cabe mais um; sempre está pronto para dar e receber.

Nos tornamos adultos, às vezes, aquele apego do dia-a-dia vai se desprendendo. Não que o amor acabe, ou mude. Não. Não. Ele foi transformado em algo bem maior. Por que sabemos que na posição que estivermos, fostes um dos fatores principais para que isso acontecesse. Descobrimos que é mais do que amor, é uma verdadeira gratidão, prazer, emoção, respeito e merecimento por tudo que fizestes por nós no decorrer de nossas vidas.

Claro! Não podemos deixar de dizer que às vezes, até nós dois discutimos. Acabamos tendo posições e pensamentos diferentes. E essas discussões se dão ao fato de querermos ser independentes, e você, mais do que nunca, nos vê ainda como bebês, crianças, e continuam a seguir nossas sombras pelo nosso percurso, sempre nos amando. E isso também bom. Sério! Mesmo que não entendemos e fiquemos chateados.

Aí vem também o inevitável: o ciúme. Queres nos ter sempre ao teu lado, cuidando, preservando e muitas vezes evitando ou se envolvendo em nossos relacionamentos, seja em namoros, casamentos ou até separações. Também em nosso trabalho, em nossas curtições, "pegações", festas, noite perdidas. Mas isso tudo é o seu cuidado. Sempre foi assim, e sempre será. Por que sempre existirá você. Hoje ou amanhã; longe ou perto.

Aqui, poderíamos transcrever suas qualidades e completaríamos um livro imenso com palavras tipo: fruto da vida, paz e compreensão, exemplo de ser, geradora de perdão... entre tantos outros que pode lhe vir agora na mente. Mas, e os defeitos? Seus defeitos não os existem? Aliás, talvez exista um... sim claro.. somente um... um defeito que derruba todas as listas, regras ou determinações, um defeito que invade a bíblia, o alcorão (livro sagrado dos Islâmicos) ou qualquer mandamento e religião; pois teu defeito é amar.

Mas isso seria defeito? Para muitos seria. Par outros não. Só é considerado defeito, por aqueles que não compreendem o verdadeiro amor que te envolve, o verdadeiro poder que te faz ajudar e transformar qualquer pessoa, principalmente se ela estiver apta a te ouvir, sentir e se entregar ao teu carinho.

Enfim, biológica ou adotiva, transportas em si o amor que somente uma pessoa neste mundo foi capaz de dar – Jesus Cristo. Tu perdoas, tua amas, tu choras, tu te entregas, tu vives, e até morre se preciso for. Tu,... tens a maior missão que alguém recebeu, ninguém além de ti, será capaz de ouvir, viver, ser e sentir uma verdadeira.. Mãe.

Feliz Dia das Mães.

[Mário Pires]

terça-feira, 6 de maio de 2008

Noite a fora...



De cá me vejo em meus pensamentos
alinhado a sonhos imbatíveis
que caem, de repente,
no primeiro round.

E tu? Que pensas?
Dormes agora?
Ou sonhas com o sol?
A lua? As estrelas?
O tempo?

Tempo...
Ele te faz pensar?
Sentir, viver, perder,
superar, amar, sofrer
torcer, tecer e emendar
pedaços perdidos e
jogados noite a fora.

Aaaaaaaah! Desperta!
Acorda! Levanta e me diz
o que pensas e o que finges,
o que te incomoda, o que
te angonia, o que te...
o que te... o que te...
o que te prendes.

Letras...
sons... palavras...
melhor não ouví-las
nem sentí-las.
Talvez... o silêncio,
realmente, seja a melhor...
... resposta.

[Mário Pires]

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Obrigado Senhor...



Agradeço a Deus por mais um dia,
por mais um título do FLAMENGO
e por mais um título do VITÒRIA DA BAHIA.

sábado, 3 de maio de 2008

Antes de entrar...

Hoje foi um dia um tanto agitado pra mim.
Discussões, correrias, problemas com a banda,
prejuízos financeiros, stresseses, entre outras coisas.
Mas to tranquilo, problemas: quem não os tem?
Queria postar algo novo, mas me acometeu uma
pequena dor de cabeça. Contudo, o que é velho pra mim
é novo pra vocês.
Abaixo um lertas das minhas canções, escrita em 2005.
Talvez lendo assim, não faça tanto efeito.
Mas se tiverem a oportunidade de me ouvir tocando-a
com certeza terão outra visão da música.
Grande abraço e bom final de semana.





Título: Antes de Entrar..
Letra e Música: Mário Pires

Já faz um tempo
que não te vejo
Já faz um tempo
que não te sinto
A tua foto
fora do espelho
Não adianta
pois eu não minto.

A cada dia
eu vejo o céu
abelha e o mel
que sai da flor
a cada dia eu vejo o mar
é no meu peito
que é grande a dor.

Quando anoitecer
e você chegar
não esqueça de bater
na porta...
antes de entrar.


[Mário Pires]

terça-feira, 29 de abril de 2008

A montanha ou o atalho?

Amigos, gostaria de agradecer a todos pelos
comentários e demonstrações de carinho
direcionados ao meu respeito.
Imensamente feliz, pela visita de vocês
coloco abaixo um texto diferente, e
que ocasionalmente, pode estar
falando a um de vocês.
Obrigado e um grande abraço.

Mário Pires.




Me acalanto
a seguir meus passos,
olhando para trás
e vendo as pedras que saltei.
O mais interessante
é que olhando pra frente
percebo uma montanha imensa,
repleta de árvores, surpresas e perigos.
Teria de a enfrentar?
Por que sei
que existe um atalho,
que pode me levar a um local,
não àquele que tanto desejo,
e seguindo por ele - o atalho,
poderei evitar mil perigos e surpresas.
Contudo, não chegaria a onde sonho.
Indiscutivelmente,
encontro-me num "par ou ímpar".
Decidir em escalar a montanha
ou andar plano, reto, pelo mesmo
macro-ambiente canceriano.
Viram-me luas e estrelas,
vento, frio... calor.
D'onde tirar respostas?
O tempo, naturalmente,...
... me dirá.

[Mário Pires]

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Quando falta...



Quando falta a paz,
busco um canto vazio
o silencio do rio,
a distância da multidão.

Quando falta carinho,
entro no meio do ninho,
evito ficar sozinho,
e viro o centro das atenções.

Quando falta o desejo,
mesmo que seja de um beijo,
recheado de tsão e lampejos,
racha-me os lábios secos.

Quando falta o sorriso,
levanto a cabeça e nem olho pra onde piso
páro tudo que digo
e estico a bochecha de um canto a outro.

Quando falta tempo,
vivo um grande tormento,
talvez um eterno lamento
por não controlar minha vida.

e Quando falta você,
fico acordado até amanhecer,
perco o sono, com vontade de ter
um gostoso abraço com amor.

[Mário Pires]

terça-feira, 22 de abril de 2008

Sabedoria Popular

Oi, como vai? Prazer ter vc aqui me visitando.
Hoje estou postando uma mensagem que vi na net e achei muito interessantes. Com toda certeza, em algum momento da sua, ou de nossas vidas, esse texto acaba nos transcrevendo.
Buscarei inspiração para a próxima postagem. Mesmo assim, espero que gostem e reflitam.


"Os ventos que às vezes levam algo que amamos são os mesmosventos que nos trazem algo que aprendemos a amar. Por isso, não devemos chorar pelo que nos foi tirado, e sim aprender a amar o que nos foi dado, pois tudo que é realmente nosso o vento nunca irá levar."



Grande abraço. Valeu!

sábado, 19 de abril de 2008

Enígmas

Enigmas existem para serem desvendados.
Os segredos do universo não podemos descobrir,
mas tentarmos entendê-lo pode acabar num belo aprendizado e, de repente, nos deliciarmos com o sabor do conhecimento.
Só saberemos se tivermos a coragem de seguirmos em frente.

[Mário Pires]

* * *

Bom Final de semana... bom feriado.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Sonhos realizáveis...


Foto: Pôr-do-Sol - Mário Pires

Sonhos realizáveis...

Não te entregues totalmente
ao indomável rumo da vida.
Muitos caminhos se tem a percorrer,
muitas vidas há de encontrar.
Sementei o amanhã,
Regue as flores e colha os lírios.
De repente, você também precisará
conversar com os Jasmins.
Busque na noite
o sentimento de liberdade,
crie sonhos que possam
tornar-se realidade.
Perceba que teu caminho
não depende apenas de um.
Você és bem maior
do que qualquer outro.
Analise cada sistema
e trace uma linha reta.
No meio das transversais da vida,
lá no final faça um círculo
e dentro dele, escreva META.
De longe, quem quer que seja
estarás a te olhar,
torcendo ou não pelo teu sucesso.
Acredite: Sonhos não se realizam
sozinhos. Dependem exclusivamente
da força e da coragem que tens para
poder realizá-los.
Viva! Busque os sonhos! Seja feliz!

[Mário Pires]

segunda-feira, 14 de abril de 2008

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Eu sou um Artista

Pessoal, publico abaixo um texto que faz um tempo que escrevi.
Espero que gostem.. ele, naturalmente, fala de mim.
Grande abraço!


Eu Sou um Artista

Eu sou um artista desconhecido
Que lança suas frases ao vento,
Que faz de sua vida um abrigo
A encarar as forças do tempo.

Eu sou um artista oprimido
Que caminha só com a alma
Tendo ao lado somente a sombra,
Papel e caneta e um pouco de calma.

Eu sou um artista completo
Da música, dos poemas, das noites de inverno
Que conta sua vida em textos, em versos,
Que some no alto do palco da minha ilusão.

Eu sou um artista verdadeiro
Escondido entre as nuvens nubladas
Que vive um eterno “conto de fadas”
A espera de um reconhecimento da platéia.

Eu sou um artista muito sincero
Que reconhece o que tenho e o que quero
No caminho escolhido pelo livre arbítrio
Esperando, quem sabe um dia...
Cumprimentar o público...
Extasiado pelos aplausos.


[Mário Pires, 31/08/2004]

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Era tarde



Era tarde quando eu encontrei a lua.
Ela se despedia das estrelas
virava pelas galáxias e acenava
dizendo adeus ao céu.

Eu seus olhos viam-se
o semblante de saudades
e em cada canto do seu esplendor
uma brecha de dor.

Virando-se de costas
com o brilho do sol
a enxer-lhe de luz,
viu-se distante do mundo
e chorou.

Lembrou de cada momento
que fitou a escuridão,
de cada passo que deste noite a dentro,
por caminhos em vão.

Tentou imaginar:
- E se eu pudesse voltar?!

Mas logo caiu-se na verdade,
sem nexo, tempo ou razão,
cheia de maldade pior que crueldade,
mas repleta de noção.

Um cordão, feito a mão,
amarrado numa estrela,
preso a um papel,
em forma de recado dizia:
- voltarei amanhã, mais uma vez.
Deixo um beijo e a saudade
que te guarde por todo o dia.

[Mário Pires]

sábado, 5 de abril de 2008

Lembranças da Guerra



Gente, expcional a história de José de Moraes de Souza, um ex-expedicionário, combatente de guerra brasileiro, que se uniu às tropas Americanas na Segunda Guerra Mundial.
Recebi um livro e gostei tanto que fiz uma matéria e divulguei na imprensa local. Foi publicada no Diário da Região, nos sites: http://www.portalsg.com/, http://www.radiocidadeam870.com.br/ e tudo indica terá uma matéria, ainda essa semana, na TV São Francisco. Espero que vocês gostem.
Grande abraço e bom final de semana.


Ex-expedicionário, natural de Sento-Sé, relata em livro suas lembranças da guerra

Por Mário Pires.

Pego de surpresa pelo “sorteio” na convocação para servir ao Exército e posteriormente a juntar-se à Força Expedicionária Brasileira, com o intuito de reunir-se às tropas aliadas americanas, na época, o jovem de vinte anos de idade, José Moraes de Souza, natural de Sento-Sé, interior da Bahia, vivenciou uma das maiores experiências de sua vida: lutar na Segunda Guerra Mundial.
Passados mais de 60 anos, essas lembranças ainda permanecem vivas em sua mente, mesmo tendo que forçá-la em alguns instantes para recordar de pequenos detalhes e relatá-las no seu mais novo livro “Pé de Trincheira” – Lembranças da Guerra, onde conta suas experiências, momentos de aflição, partida para a guerra e entre outras coisas a saudade e a falsa noticia da sua morte, enviada à família.

“Observada de longe a guerra é uma coisa, mas de perto, e completamente diferente. Assemelha-se ao inferno!” como diz o próprio autor. “Cheia de explosões, cheiros de pólvoras e gemidos, destinados a purgar os pecados de muita gente, ainda em carne e osso”, completa.

Além de todas as emoções fortemente contadas em seu livro, Brasilino – como o trata no livro, conta também o seu retorno da Itália ao Brasil e da triste notícia de ter contraído a doença conhecida como “Pé de Trincheira”, que parece simples, mas se não tratada com urgência, pode deixar aleijado o seu portador.

Moraes que com toda certeza se emocionara ao escrever, tratando de suas memórias mais difíceis, dedicou este livro a seus genitores, a sua esposa Helena Braga de Souza e a seus familiares que tanto sofreram com a sua partida e com a triste expectativa de vê-lo no front em combate.
Hoje, formado em direito e membro da União Brasileira de Escritores, José Moraes de Souza já escreveu outros livros, mas nenhum semelhante e tão emocionante como este.

O livro, que traz na capa uma foto de arquivo pessoal do autor, num dos momentos reais dessa extraordinária experiência, fora produzido pela Editora Scortecci, valendo a pena ler e prestigiar este “herói” brasileiro.

Para solicitar esta história real em forma de romance, basta entrar em contato pelo telefone (74) 8806.1036 ou pelo email: mariopiresmkt@hotmail.com

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Caído ao chão...



Certa vez um pescador sentia que não era o mesmo.
buscava-se em meio a mil perguntas:
O que esta contecendo? O que fizera?
Em que lugar do caminho havia errado?

Sem respostas, conteve-se
em apenas olhar o tempo
tentar esquecer o lamento
e traçar novos afluentes.

Mas com que ferramentas
abrirei esse novo caminho? Perguntou.
As águas delineavam a sua face
atravessado nas linhas da correnteza.

A noite caía, e ele a encarava
Ouvindo sua musica preferida,
num "raidinho" de pilha, a beira do rio,
deitado no barco, admirando a lua
e vendo toda a beleza da natureza.

Preso em seus pensamentos,
no silencio do seu interior
e na calmaria dos ventos...
adormeceu.

Num sono profundo
sonhava que no seu mundo
tinha tudo que queria, ou pelo menos
tudo aquilo que precisava, que lhe dava paz,
sustento e alegria.

Mas eis que no meio de uma multidão
de atravessadores alucinados e mesquinhos
tentando manter seu espaço erguido,
sentia suas pernas bambas, tombando aos poquinhos.

Já dentro da queda perdida,
deseperado, acreditando ser sua partida,
ouvia uma voz dizendo: - Ergue-te!
Que muita labuta ainda tens nessa vida.

Sem ver de onde vinha aquela voz
tentou com todas as forças levantar
mas por muito tempo tentando,
não conseguia sair do lugar.

Percebendo que ele ficava na posição
a voz voltou a repertir:
Ergue-te! Mas com outra intenção
fazia-o ouvir:

-Veja o espaço à frente.
Perceba também que muitos estão como você.
Mas para sair deste lugar
você precisa entender:

É necessário mais do que vontade,
força, fé e determinação.
Coloque um pouco mais de coragem,
mude os planos, mas não páre não.

Colado ao chão frio ele gritava:
como posso sair dessa, se não tenho como levantar?
A voz imediatamente respondeu: Não precisa ter pressa!
Basta primeiro raciocinar.

Use correto, tudo o que você tem em mente
faça o melhor, e não abuse dos peixes e do rio.
Agindo assim, verás um novo tempo na sua frente
e sairás dessa mais forte... com mais brio.

Foi então que a voz sumiu e o pescador acordou.
No mesmo lugar, à beira do rio, no barco ele levantou.
Olhou a sua volta e viu que tudo ainda era o mesmo,
que um sonho o havia despertado do medo,
de findar no chão, sem nada mudar, totalmente preso.

Sem apavoração resolveu ficar acordado
esperando o dia nascer, pois como diz a própria bíblia
"o choro pode durar uma noite mas a alegria
vem logo ao amanhecer".

Sabe lá que destinos iria tomar o pescador?
Preservando ou não seus "mimos" e ocultando a dor.
Doravante sabia que tudo estava escrito...
seu futuro, seu rumo, seu teor.

[Mário Pires]

terça-feira, 1 de abril de 2008

Dia da Mentira



Há muitas explicações para o 1 de abril ter se transformado no Dia da Mentira ou Dia dos Bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI.
No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Pernambuco, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de Dom Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.
***

Minha homenagem ao Dia da Mentira.

Mãe, tive um problema
Tem um aviso pra ir na escola
Ver meu boletim e analisar o esquema
que a tia disse ser minha "cola"

Como pode meu filho
essas coisas você fazer?
Estuda meu queridinho
Se não no "pau" voce vai ter de aprender.

Mas mãe, a gente não pode falar nada
que a senhora logo "pira"
Veja só a minha gargalhada
ha ha ha ha.. hoje é o dia da mentira.

Que bom ver você mentindo
Pois ir na escola
esse trabalho não vai me dar,
mas pela gargalhada e pela brincadeira
dois "bolos" em cada mão
você há de tomar.(rsrs)

***
Obs.: Zé Brocoió iria gostar dessa. Apesar de todos nós sabermos que ele é um cara fastástico em versos, música e poesia. Abraço Zé!

segunda-feira, 31 de março de 2008

Another Lonely Day

Oi gente.. pra quem me visita é claro... esses dias têm sido bastante corrido pra mim, por isso estive sem tempo pra escrever algum texto exclusivamente meu. Contudo, estou postando a canção "Another Lonely Day" de Ben Harper. Espero que gostem... e se quiserem ver a tradução ta o link lá embaixo. Abraço a todos.. e até breve.

Another Lonely Day

Yes indeed I'm, alone again
And here comes emptiness, crashing in
Its either love or hate, I can't find in between
Coz I've been with witches and I've been with a queen

It wouldn't have worked out anyway
So now it's just another lonely day, hey hey
Further along, we just may
But for now it's just another lonely day

Wish there was something I, could say or do
I can resist anything but, the temptation from you
I'd rather walk alone, then chase you around
I'd rather fall myself then let you, drag me on down

It wouldn't have worked out anyway
So now it's just another lonely day, hey hey
Further along, we just may
But for now it's just another lonely day

Yesterday seems like a, life ago
Coz the one I love today, I hardly know
You I held so close, in my heart oh dear
Grow further from me with every, falling tear

It wouldn't have worked out anyway
So now it's just another lonely day, hey hey
Further along, we just may
But for now it's just another lonely day


Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=WtoYKmmnyC4&feature=related
Tradução; http://letras.terra.com.br/ben-harper/94891/

quinta-feira, 27 de março de 2008

No palco da minha estréia




Queria dizer que estava nervoso,
ansioso, desgastado e assustado.
Mas calmo estava eu, perto do povo,
que sorria transbordando alegria, do meu lado.

Eis que chega o momento de tudo começar
Sacudi as mãos ao vento e pensei: agora vou encarar.

Foi então que iniciei a minha fala
e todos ao meu lado acompanhou,
mas logo na "catástrofe" do pequeno
foi que a luz se apagou.

A escuridão tomou conta do ambiente
Não dava pra ver um palmo à frente do nariz
e o buxixo da platéia bem quente,
Não foi assim que eu quis.

Por trás da cena os companheiros diziam:
Pára! Pára, assim não dá!
Em frações de segundos as portas se abriam
e eu, - vamos em frente, não se pode parar.

A força do sol nos trouxe a luz natural
que transmite paz, vida e energia.
Continuamos nossa apresentação
sem os avanços da tecnologia.

O colapso da falta de luz
mostrou-me que a arte vai mais além de qualquer efeito
e com muita coragem força e alegria
preservamos a mensagem, com honra, raça,... no peito.

Ao fim de tudo que planejamos
Eis que estava marcada a minha estréia
e meio que lamentando, para minha surpresa,
Senti nos aplausos a compreensão da platéia.

[Mário Pires]

quarta-feira, 26 de março de 2008

O marketing que virou Dengue

Artigo publicado no Diário da Região, edição de qarta-feira, 26 de março/2008.




Imagem Ilustrativa

O marketing que virou Dengue

Por Mário Pires (*)

Pois bem. Há algum tempo venho cogitando a intenção de participar, com certa assiduidade, enviando artigos ou textos a serem publicados aqui no Diário da Região. Ainda ontem comentava com a jornalista responsável pelo conteúdo desta página que enviaria um material sobre marketing. Ainda não havia definido de que tipo de marketing poderia escrever. Gosto de escrever quando chega a vontade, quando de uma hora pra outra vem a inspiração; então pesquiso, leio, releio, dou aquele trato e finalizo.


Contudo, o assunto que tem sido bastante comentado nas últimas vinte e quatro horas é a epidemia de dengue no Rio de Janeiro, e eu acabei mudando, fugindo do marketing e entrando na “ferruada” da dengue.

Pra qualquer meio de comunicação que você acaba tendo acesso esta se falando de dengue. Não tem como não deixar de falar não é? O avanço da doença foi grande, alastrando-se por demais, perdendo de certa forma o controle na capital carioca. É claro que esta havendo uma campanha direta, incluindo até a possibilidade do apoio das forças armadas e a contratação de mais profissionais, dentre médicos e auxiliares.

Ta, mas peraê! Só se fala no Rio de Janeiro. Qual a preocupação de isso se alastrar pelos demais Estados e municípios?

É obvio que com tanta notícia pelas ruas sobre a dengue não é possível que a população não vá se conscientizar em manter esse cuidado com o “mosquito matador”. Afinal, o número de casos de morte aumentou. Será que o Aedes “tomou bomba?” Brincadeiras à parte, o caso é sério. A dengue tornou-se cinco vezes maior que os casos anteriores, ou seja, que a ultima epidemia ocorrida, também no Rio de Janeiro, em 2002.

Bom, sem perder o fio da meada. Apesar de ter sido noticiado, na edição de ontem aqui no Diário da Região, que em Juazeiro a dengue esta sendo controlada, com 304 casos notificados e apenas 109 confirmados, não devemos esquecer que a situação pode mudar. Atenção: não é nenhum alarde, muito menos um drama. É só uma preocupação. Pelo simples fato: estamos num período de chuvas e a atenção deve ser redobrada. Não é novidade de que eles (os mosquitos) gostam daqueles melhores lugarzinhos tranqüilos, sombra e aguinha fresca (além de parada é claro). Opa!! Será que a dengue é baiana? Ai ai ai... já somos rotulados de preguiçosos e não sei por que. Mas realmente me deu uma preguiça em continuar esse texto... acho que vou parar um pouquinho de depois retorno... (rsrsrs). Brincadeira heim gente. Só um pouco de humor pra um assunto tão sério.

Então, voltando à seriedade, se faz necessário o acompanhamento direto. Não se pode “vacilar” com o Aedes. Toda essa região, Vale do São Francisco, está ocorrendo chuvas e a conseqüência delas são águas acumuladas. E mesmo que a Defesa Civil, do Rio, considere que 70% da culpa seja da população, vale salientar que quem detém o poder e verbas para verificar e controlar essas situações de risco é a própria Defesa Civil ou os órgão públicos, seja municipal, estadual ou federal.

Pagamos para que eles tenham esse cuidado conosco. Pior de tudo é que são nessas situações que percebemos o “verdadeiro cuidado” que tais administradores do nosso dinheiro, depositados em impostos, estão tomando. A situação no Rio de Janeiro é pior por que falta atendimento para tanta gente infectada. Pra piorar a situação, médicos estão confundido viroses com dengues, e dengues com viroses. Ontem cedo, vi no noticiário, que um médico foi agredido (teve o nariz quebrado e o braço deslocado) por usuários de um hospital. Olha como a situação já muda! Olha como o problema social, além da dengue, já esta refletindo nas pessoas que querem, precisam e têm direito ao atendimento público de qualidade. Mas isso é um problema nacional e assunto pra outra oportunidade.

Bom, pra finalizar, estou percebendo que este ano, pelo visto, vai ser o ano da febre: febre amarela em Goiás, febre da dengue no Rio, febre das viroses no Brasil. E quando vai acabar essas febres? Só Deus sabe!

Eita! Eita! Eita! Paaaaaa! Ah, Desculpa. Mosquitinho aqui. Só espero que não seja da Dengue. Até outra hora.

(*) Profissional de marketing e design, baiano, soteropolitano