sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Sei que errei...

Oi tudo bem com você? Espero que sim. Obrigado pela visita.

Bem, pra dar uma "quebrada" nos longos textos que tenho feito, estou postando a versão que fiz de uma canção de Ben Harper. Particularmente gosto muito dessa canção e, inclusive, postei a letra original aqui com link para o videoclip.
Espero que gostem. E tudo indica que estarei gravando esta canção em breve.
Grande abraço.


Sei que errei
Versão Mário Pires de Another Lonely Day – Ben Harper

Estou sozinho
Sem você.
Lá fora está tudo em paz
Menos em mim.
As flores que eu comprei
Ah! Você não quis.
Eu pedi perdão de verdade
Acredita em mim.

Me perdoa, sei que errei.
Por causa de uma aventura vacilei.. eeeeiii
Fui tão longe, sei que errei Refrão
Por causa de uma aventura vacilei.. eeeeiii

O céu não é mais igual
Perdeu o azul.
O sol já não brilha mais
Por onde eu vou.
O canto dos pássaros
Não, não ouço mais.
Porque não tem você
Pra me.... acompanhar.

Me perdoa, sei que errei
Por causa de uma aventura vacilei.. eeeeiiii.
Fui tão longe, sei que errei. Refrão
Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.

Eu precisei demais
Do seu amor.
Mas como recuperar
Se você não me perdoou.
Quem dera tudo fosse
Um sonho chegando ao fim
E acordar com você ao meu lado
Toda pra mim.

Me perdoa, sei que errei
Por causa de uma aventura vacilei.. eeeeiiii.
Fui tão longe, sei que errei.
Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.

Fui tão longe, sei que errei.
Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.

Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.

Por causa de uma aventura vacilei... eeeeiiii.
[Mário Pires]

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Tá virando moda sequestrar...

Oi pessoal! Olha eu mais uma vez por aqui.
Bem, o texto já é um pouco grande e por isso não irei me alongar
Desejo uma excelente semana a todos e um bom dia.
Abraços.

Seqüestrar e/ou matar namoradas esta virando moda

Por Mário Pires.

“Beijo na boca é coisa do passado, a moda agora é...” seqüestrar e/ou matar namoradas. Inacreditável mas me parece uma verdade. Todo dia agora é uma notícia assim. Já não basta a Eloá?? Pois bem!

Minha gente o “negócio tá pegando”, como diz a gíria. Impressionante como as coisas mudam de uma hora pra outra. Ou não sou eu que estou enxergando direito? Só pode. Por que agora baixou o “espírito” Lindemberg num monte de gente.

Talvez você não tenha observado como eu observei, mas, do caso Eloá pra cá, já existiram vários crimes passionais. Esses que os namorados seqüestrando e/ou matam as namoradas. Uns com finais “felizes” – felizes entre aspas não é? Por que a pessoa deve sair com um trauma cruel dessa situação. E nem quero me colocar no lugar da família, que com toda certeza fica desestruturada e amedrontada por um tempo depois de situações assim. Mas o feliz que me referi, é claro que você entendeu, é que o crime não terminou em morte.

Bem. Só pra você ter uma idéia, no último dia 25/10, em Salvador, um jovem de vinte anos, seqüestrou e manteve a namorada/esposa por doze horas, detalhe: ela tem dezoito anos de idade e está grávida de oito meses, ameaçando-a de morte. Que negócio é esse?!?! Graças a Deus, as negociações na capital baiana foram bem melhores do que as do caso Eloá. Algumas pessoas aprendem com os erros dos outros. Mas vamos lá...

Meu Deus onde nós estamos? Me explica daí vai!! Pra onde esse “buzú” via planeta terra/Brasil está indo que eu quero saltar noutro ponto. Aff!

Só relembrando, se você não acompanhou. No sábado que Eloá tomou um tiro, no domingo outra jovem em São Paulo foi brutalmente assassinada pelo ex-namorado por que ela não quis mais manter o relacionamento com o rapaz. Devia ser um cara babaca pra ela e a garota resolveu dar um “pé na bunda” dele. Até aí tudo bem se o babaca não fosse pegar uma arma e acabar com a vida da menina de apenas vinte anos de idade.

Espantos a parte, na moral: o que é que esse povo tem na cabeça? Ou melhor, o que falta na cabeça desses ciumentos passionais e doentios? Cadê Freud pra explicar?
O pior de tudo é que a maioria das vítimas envolvidas são meninas com idade média de quinze a vinte anos, com uma vida inteira pela frente, mas que um assassino desvairado acaba destruindo com a história dessas meninas. Quem inventou aquela frase “se não é minha não vai ser de ninguém”? Ah se eu descubro! Ah Lampião vivo!

Minha gente o que é isso? Estou repleto de perguntas hoje, não é? Mas é que está virando moda mesmo esse negócio de seqüestrar e matar. Fico preocupado com os inúmeros pais e mães que estão passando por essa situação ou que podem passar por isso um dia. Tirem meu nome da lista, por favor.

Mas falando sério (não me lembro de ter brincado). Vou jogar um pouquinho da culpa na família. É isso mesmo! Família é base de tudo. Educa e torna os filhos amigos dos pais e vice-versa. Os pais precisam tomar as “rédias” dos filhos. (Que eu nunca perca as rédias das minhas filhas).
Independente disso é preciso que os pais conversem sempre com os seus, a fim de evitar esses probleminhas. E que probleminha não é?

Gente! É com você mesmo que estou falando. Você pai e mãe de família que deixa sua filha novinha, vestir shortinhos, colocar aquele piercezinho no umbigo, usando a blusinha pra mostrar o lindo piercing, ir para as festonas que vai está todo mundo da cidade, encher a cara de bebida “free” e fazem amizades que você nem sabe por onde a filha esta indo, muito cuidado. Os tarados, seqüestradores, matadores e lobos maus – comedores de criancinhas estão aí. Depois, depois! Hum!

Pra finalizar, vou relatar um fato real. Dia desses estava indo ao banco com meu amigo Éden José (que também tem duas filhas), e lá tinha uma garotinha no banco que não devia ter quinze anos, mas já com um corpo bem formado, trajando shortinho curtinho (era minúsculo mesmo), blusinha mostrando barriguinha, de bonezinho de lado, rosto maquiado, acompanhada (provavelmente da mãe)... enfim, realmente era muito bonita a menina (e não tinha jeitinho de pobre não – o povo tem mania de colocar a culpa nos pobres), e chamava a atenção de todos. Olhamos para os lados e comentamos um com o outro: - Rapaz como é que pode a mãe deixar a filha vestir uma roupa dessas? No banco, tirando nós dois que ficamos preocupados com a vestimenta da garotinha (sério mesmo), o resto que fosse homem dentro do banco, estavam “comendo” a menina com os olhos. Imaginem os pensamentos bondosos (pra não dizer o contrário) que eles estavam fazendo. Mas a mãe devia está achando liiiiindo – era só sorrisos.
Minha gente: Roupa não cria e nem muda a personalidade de ninguém. Mas atrai. Entendeu?? Ou quer que faça um desenho?

Enfim. Cuidem de seus filhos para que eles não virem seqüestradores. E cuidem de suas filhas para que não se tornem vítimas do passional. Depois não diga que eu não avisei. Bom costume e família ainda pode mudar alguma coisa.

Tomem as rédias e lembrem-se: o lobo mal está à solta e mais equipado. Além dos dentes afiados, usa facas, três oitões e pistolas pra pegar as criancinhas. Ou seja, filhas e filhos de nossos.

* * *
Até a próxima.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Lágrimas infantis por uma violência adulta

Prezados amigos e visitantes, desejo de todo coração que todos estejam bem.

Estive um tanto sumido do meu blog, mas agora estou de volta com força total. Muias coisas aconteceram, muitos ventos sopraram e muitas folhas irão florescer. Temos tempos de atração e tempos de reflexão, tempos sem tempo, mas tempo a todo tempo.

Enfim, volto um tanto atualizado, com o texto de uma sociedade perdida, de um mundo um tanto dramático, mas que fazem parte da vida.

Abraços.




Eloá e Nayara

Lágrimas infantis por uma violência adulta

Por Mário Pires (*)

- Que é que essa menina tá chorando? Perguntei a minha esposa ao chegar em casa e ver minha filha, Fernanda - 09 anos chorando no seu quarto com a TV ligada.
Suas lágrimas corriam no rosto choroso a meio silêncio. Sua fisionomia de tristeza, lamentação e dúvidas estavam nítidas.

Não tive uma resposta imediata, porque outros assuntos adentram antes de descobrir o motivo das lágrimas que Fernanda ora derramava.

Enquanto comentava por algo que me deixara aborrecido, um tanto ríspido novamente perguntei: porque motivo essa menina está chorando?

Nesse momento eu já havia transformado os traços da minha face em dúvidas também. Internamente questionava-me o porquê das lágrimas? Do choro quase silencioso? Da tristeza daquela face infantil lamentando por algo que ainda não sabia e buscava respostas imediatas.
Sem demora, após o segundo questionamento do choro, veio a reposta acompanhada de uma pergunta: - A menina papai! Levou um tiro na cabeça e está em coma irreversível. Por que papai? Por que Deus? Clamava Fernanda por respostas que eu naquele momento não sabia dar-lhe. Contudo, "caiu a ficha": - Ela deve ter assistido ao jornal e viu o caso de Eloá. Deduzi imediatamente.

A mãe conduzia as sobrancelhas à cima como se dissesse: "já sabe agora o porquê?".

Um tanto mais frio e acostumado com essa violência diária em nossas vidas, comentei: - Precisa chorar? Isso acontece Fernanda, mas não precisa chorar desse jeito. Enfim, tentei trazê-la à realidade urbana de todo dia. Mas não consegui porque não é algo novo que surge, e por algum tempo ela ainda chorou.

Passados alguns minutos fui até ao meu interno senso de consciência e perguntei-me: Precisava chorar? Precisava?

Lamentavelmente a minha resposta foi que sim. Era a defesa de Fernanda contra o sentimento de medo dessa violência que ora cresce, que ora nos domina, que ora nos desmancha.
Um tanto preocupado com o sentimento que via em minha filha, de apenas 9 anos, tendo de encarar um "mundo cruel", com realidades brutas e sem fundamentos. Situações irreversíveis que nenhum de nós queríamos e queremos que aconteça conosco.
- É. Analisei com meus botões. Esse foi o primeiro embasamento para a resposta quer dei a Fernanda sem pensar. Não era comigo, por isso achei que não precisava chorar.
Bem, mas, até aí eu ainda pude responder. Porém, e Deus? Qual a resposta que ela, Fernanda, poderá ter de Deus?

Infelizmente é comum assistir aos telejornais e ver somente violência espremida em cada espaço jornalístico. Nos jornais impressos, tem dia que, com diz o velho ditado popular, "se você espremer sai sangue" de tanta notícia ruim.

Queria poder ter uma resposta contundente pelas lágrimas derramadas naquele semblante infantil, aterrorizada e atemorizada por essa violência constante.

Tudo bem, tudo bem meu Pai do céu! Infelizmente a gente acostuma com essas coisas, e sei que isso é a falta de Ti no coração dos homens e mulheres deste planeta. Afinal, não é o primeiro caso de crime passional que nos vem à tona. É mais um exemplo claro de uma paixão doentia. Isso definitivamente não pode ser amor.

Mas voltando ao assunto.
Ficou tarde. Era noite e Fernanda acabou distraindo-se com a novela e dormiu. E eu, ainda diluindo as lágrimas de uma criança pela "desconhecida" Eloá, que se vai à flor da idade, ainda debutante, vítima de um inconformado ser, exigindo um amor que ela não poderia mais lhe oferecer, faço das palavras infantis às minhas: Por quê? Porquê?

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Texto escrito no último sábado (18/10/2008) e publicado no jornal Diário da Região.
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Mário Pires é Profissional de Comunicação & Marketing.