sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Todos iguais?

“Todos iguais, todos iguais, mas uns mais iguais que os outros”, assim diz a canção. Mas, será que somos?


Fisicamente falando, somos todos um tanto parecidos. Em sua maioria, o ser humano possui braços, pernas, cérebro e órgãos do corpo. Mas será que todos pensam e sentem da mesma forma?


O rei do reggae, Bob Marley, em sua louca e perfeita poesia escreveu: “Vocês riem de mim por eu ser diferente, e eu rio de vocês por serem todos iguais”. Isso já nos traz uma prova de que na realidade não somos iguais. Se ele se diz diferente, e que os outros são iguais, acaba existindo uma “contradição” nisso.


Podemos até ser parecidos. Mas literalmente não somos iguais.


Segundo a Bíblia, Deus fez o homem à Sua imagem e semelhança. Entretanto, lhe concedeu o livre arbítrio e com isso permitiu com que ele, o homem, pudesse modificar-se, transmutar-se, e, consequentemente, tornar-se diferente de dEle.


Temos a natural sensação de nos acharmos sempre parecidos com alguém. Seja da família: pai, mãe ou irmãos. Um parente mais próximo ou até mesmo com um amigo, mas nunca somos iguais a eles. Algo de diferente tem, por fora ou por dentro.


Quando nos olhamos ao espelho e a nossa imagem (claro!), refletindo nele, elevamos nossos pensamentos ao nosso ser por completo, será que nos achamos iguais aos outros? Pode até ser que muitas das vezes podemos até ter algum “gênero” parecido, semelhante, próximo de... mas igual... igual mesmo. Ninguém é.


Ah! Detalhe muito importante: cada um tem um coração diferente. E essa "máquina" de musculos e massa sanguínea gera em nós, sensações e sentimentos totalmente diferentes de qualquer ser humano. Mas de certa forma, ainda somos iguais por que todos nós temos sentimentos! Mas eis o "novo" detalhe: são sentimentos diferentes.


Uns amam, outros odeiam, uns gostam, outros também. Uns sentem raiva, outros sentem tédio. Uns falam demais, outros de menos. Uns desejam, outros adoram, outros não estão nem aí. Uns magoam, outros perdoam... e assim são as diferenças.


Mas se “somos todos iguais”: como podemos ter diferenças?


Quem se achar igual, responde aí! Por que eu estou mais pra Bob Marley.


Mário Pires

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